O Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense de Niterói foi criado pelas resoluções 58/70, do Conselho de Ensino e Pesquisa e 14/70, do Conselho Universitário, tendo sido reconhecido no decreto 78296/76, publicado no Diário Oficial da União em 20/08/1976.
Até a segunda metade da década de 60, as atividades acadêmicas em Psicologia da UFF em estavam concentradas nas então denominadas Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), que, com a reforma universitária, realizada em 1968, deram origem, dentre outros, ao Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF a partir de agora). Este, em consonância com a proposta da reforma, organizou-se, tomando por base os Departamentos de História, de Ciências Sociais e de Filosofia e Psicologia (GFP a partir de agora). Este último contava, então, com cerca de onze professores.
O esforço desses professores, acrescido ao interesse de colegas de outros Departamentos, fez com que o Conselho Universitário da UFF, em 1971, criasse o Curso de Graduação em Psicologia, instituído segundo o sistema de créditos e as diretrizes estabelecidas pelo Ministério de Educação à época. A importância inicial deste curso para a história da Psicologia no Rio de Janeiro se deve ao fato da sua criação ter propiciado à região fluminense o acesso a estudos universitários em um campo do saber que recebia pouca atenção, principalmente no âmbito da universidade pública, bem como por haver possibilitado forte incremento no número de professores do Departamento de Filosofia e Psicologia (GFP), notadamente daqueles com formação em Psicologia.
Em 1977, foi criado o Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), com a finalidade de viabilizar a realização do Estágio Curricular, disciplina obrigatória do Curso de Graduação em Psicologia para a formação profissional nesta área, através do oferecimento de assistência psicológica à comunidade. Desde então, o SPA se constitui em importante centro de referência na região metropolitana de Niterói.
A partir da década de 80, são criados projetos integrados, voltados para o ensino, a pesquisa e a extensão, desenvolvidos no Departamento e no SPA. Estes projetos centraram seu foco de atenção em contextos e grupos marcados pela exclusão social. Surgem, assim, trabalhos em comunidades, hospitais, colônias psiquiátricas e hospitais gerais da rede pública, que sempre buscaram propiciar uma constante interação entre teoria e prática, ampliando, sobremaneira, o campo de estágio para a formação discente.
Deve-se destacar que o Departamento de Psicologia da UFF, desde a década de 1980, vem desenvolvendo interlocuções transdisciplinares insistindo nas interfaces entre Psicologia, Filosofia, Política e Arte. A abordagem transdisciplinar tem se mostrado fecunda para o enfrentamento dos desafios colocados à Psicologia no contemporâneo. Neste sentido, a ampliação da perspectiva disciplinar no campo da Psicologia pode ir além das abordagens multidisciplinar e interdisciplinar, visando a troca mais intensa entre os saberes e as práticas das áreas afins.
O Departamento de Psicologia, face às realizações efetuadas, considerou oportuna e obrigatória a ampliação de suas atividades em direção à Pós-Graduação Stricto Sensu Psicologia com área de concentração nos Estudos da Subjetividade, que teve início em 1999. Em 2008, cria-se o Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFF com a criação do Doutorado em Psicologia, que ampliou ainda mais o campo de pesquisa e formação na área de concentração Estudos da Subjetividade.
Em 2012, o Curso de Graduação em Psicologia inicia a discussão, liderada pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE) e pelo Colegiado do Curso, mobilizando todo o corpo docente e discente, para o Ajuste Curricular, que veio acontecer em 2014.1, com a mobilização de vários atores institucionais.